sábado, 3 de setembro de 2011


30 DE SETEMBRO DE 2005
lisa_simpson3.jpg
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05 DE SETEMBRO DE 2005




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30 DE AGOSTO DE 2005
MARCO SACRAMENTO EM BELÉM DO PARÁ
clique para ver a foto ampliada.
O grande cantor Marco Sacramento em tournée nacional apresenta-se em Belém do Pará no dia 7 de setembro.
Realmente, uma parada!. I mean *a* parada;-)
Ele é o meu favorito, como vc pode ler, clicando em a autora, acima.
Um beijo e break a leg . Marco
Val, muitos beijos pra você.
Enquanto esperam, leiam o que Ruy Castro escreveu sobre MARCOS SACRAMENTO
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24 DE AGOSTO DE 2005
marilynred.jpg
"A pessoa que não consegue enfrentar a vida - sempre precisa, enquanto viva, de uma mão para afastar um pouco de seu desespero pelo seu destino... mas com a sua outra mão ela pode anotar o que vê entre as ruínas, pois vê mais coisas, e diferentes, do que as outras; afinal está morto durante sua vida e é o verdadeiro sobrevivente."
Franz Kafka. Diários. Apontamentos de 19 de outubro de 1921.


Marilyn Monroe (1 junho - 5 de agosto)
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15 DE AGOSTO DE 2005
BETTIE PAGEO que você sabe sobre ela?  Ainda eh viva? O que foi que a tornou célebre? Divida conosco, sim?
Gente, querida:
[se vc usa o FireFox (que é maravilhoso) não vai poder ler o texto *alt*, passando o mouse na imagem. ]
Eu estou apressadíssima, mas queria pedir ajuda. É sério:-)
Seguinte.:O que é realmente uma "pin up"?: são as gostosas de carne-e-osso? que se pendura na parede?
As pin ups , me disse um expert, que eram as *mulheres de papel".
Essas, sabe - ou como dia 
Mércia - Essas, num sabe?, as gostosinhas desenhadas.
Como vcs todos sabem , eu quero mais é aprender coisas úteis e relevantes como essa hohoho.
Então, as desenhadas são pin ups?
Valem tanto quanto as *di verdade?
Ah, eu não sei, de qualquer forma, lá no Flickr, o pessoal me superestima, e sou convidada para vários grupos, o Found Drawings e esse do I love Betty, por exemplo.

Mas eles *pensam* que eu sei coisas, e no meu awful English eu digo que não é bem assim, e eles pensam que é charme. Quer dizer: eu bem quero me destruir mas o mundo não deixa hohoho, de novo.
Então?
Aí eu faço uma pergunta: uma bonitona pode ser tão famosa que se transforme em pin up de papel?
Conhecem casos, além da Betty Page? Sabiam que a Linda Evangelista (a modelo) se vestiu como Betty Page, com aquelas roupas de couro, tiras, e tudo o mais e tem centenas de fotos.
Pois é.
Essas questões transcendentais são as que eu, no meio da minha viagem fico me perguntando. (É, mas não duvido nada que isso seja assunto de tese, daqui a pouquinho)
E é melhor que perguntar: "Onde estão os caras pintadas de agora", não acham? ;-)))
E nem fingir que tá tudo bem.
Ah! Importantíssimo é não confundir Betty Page com Betty Boop;-)
************
***********************
************************************
O SUBROSA - desde Janeiro de 2005 (uau! há quanto tempo, hein?!) mudou de endereço. Vai dizer que você não sabia?!?! Ok!
Provisoriamente está aqui:

http://flabbergasted.blogspot.com

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12 DE AGOSTO DE 2005
Em meu corpo tem um bosque
que se chama solidão
Se me chamam de perdida não me dou por achada...
*****
A vida é um todo
fragmentar esse todo é meu grande deleite.
The rose is out of town
para desepero dos espectros
*****
TELEFONE
Abri um tempo em minha noite
para te ouvir
Abri um espaço em minha alma
para calar

******
Mareja uma água do lado
que vai para Angustura ---
Desegano
dói
mas não dura
*******
BONEQUINHA
Não quer?
Mas tem que querer.
*******
PASSE LIVRE
Você para mim é como a lebre
Abra logo estas pernas
Só sairei daqui morto
*****
DIPLOMATA
Tenho o maior prazer
de vê-lo quando possível

******
Entre papéis colados, sob medida,
há sempre uma paixão a recortar"

*****
Meu corpo está em julgamento
ninguém escuta
o silêncio da alma
MARIA LUCIA ALVIM
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07 DE AGOSTO DE 2005
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06 DE AGOSTO DE 2005
A ÁGUA-FURTADA
Vamos, lamentemos os que estão em melhor situação que a nossa.
Vamos, meu amigo, e lembra-te:
os ricos têm mordomos e não têm amigos,
E nós temos amigos e não temos mordomos.
Vamos, lamentamos os casados e os solteiros.
A aurora entra com os pés pequenos
Pavlova dourada,
E estou perto do meu desejo.
Que esta hora de claro frescor,
a hora de acordar juntos.
de Ezra Pound,
Tradução de Mário Faustino


-------




Permanência da Poesia
Quando a luz desaparecer de todo,

mergulharei em mim mesmo e te procurarei lá dentro.



A beleza é eterna.

A poesia é eterna.

A liberdade é eterna.

Elas subsistem, apesar de tudo.



É inútil assassinar crianças. É inútil atirar aos cães os que,

          de repente, se rebelam e erguem a cabeça olímpica.

A beleza é eterna. A poesia é eterna. A liberdade é eterna.
Podem exilar a poesia: exilada, ainda será mais límpida.



As horas passam, os homens caem,

a poesia fica.



Aproxima-te e escuta.

Há uma voz na noite!



Olha:

É uma luz na noite!



Emílio Moura  

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MURILO MENDES




GILDA

Não ponha o nome de Gilda

na sua filha, coitada,
Se tem filha pra nascer
Ou filha pra
batizar.
Minha mãe se chama Gilda,
Não se casou com meu
pai.
Sempre lhe sobra desgraça,
Não tem tempo de
escolher.
Também eu me chamo Gilda,
E, pra dizer a verdade
Sou
pouco mais infeliz.
Sou menos do que mulher,
Sou uma mulher
qualquer.
Ando à-toa pelo mundo.
Sem força pra me matar.
Minha
filha é também Gilda,
Pro costume não perder
É casada com o
espelho
E amigada com o José.
Qualquer dia Gilda foge
Ou se
mata em Paquetá
Com José ou sem José.
Já comprei lenço de
renda
Pra chorar com mais apuro
E aos jornais telefonei.
Se
Gilda enfim não morrer,
Se Gilda tiver uma filha
Não põe o nome de
Gilda,
Na menina, que não deixo.
Quem ganha o nome de
Gilda
Vira Gilda sem querer.
Não ponha o nome de Gilda
No corpo
de uma mulher.




A MÃE DO PRIMEIRO
FILHO

Carmem fica matutando

no seu corpo já passado.

— Até à volta, meu seio
De mil
novecentos e doze.
Adeus, minha perna linda
De mil novecentos e
quinze.
Quando eu estava no colégio
Meu corpo era bem
diferente.
Quando acabei o namoro
Meu corpo era bem
diferente.
Quando um dia me casei
Meu corpo era bem
diferente.
Nunca mais eu hei de ver
Meus quadris do ano
passado...

A tarde já madurou
E Carmem fica
pensando.




INDICAÇÃO

Sim: o abismo oval atrai
meus pés.
Leopardo familiar, a manhã se aproxima.
Preciso
conhecer em que universo estou
E a que translações de estrelas me
destinam.
Em três épocas me observo sustentado:
Na pré-história,
no presente e no futuro.
Trago sempre comigo uma morte de bolso.

Assalta-me continuamente o novo enigma
E uma audácia imprevista
me pressinto.

Arrasto minha cruz aos solavancos,
Tal
qual profunda mulher amada e odiada,
Sabendo que ela condiciona
minha forma:
E o tempo do demônio me respira.
Gentilíssima dama
eternidade
Escondida nas raízes do meu ser,
Campo de
concentração onde se dança,
Beatitude cortada de fuzilamentos...

Retiram-me o véu que sei de mim.
Ontem sou, hoje serei, amanhã
fui.




PERSPECTIVA DA SALA DE
JANTAR

 
A filha do modesto
funcionário público
dá um bruto interesse à natureza morta
da
sala pobre no súburbio.
O vestido amarelo de organdi
distribui
cheiros apetitosos de carne morena
saindo do banho com sabonete
barato.

O ambiente parado esperava mesmo aquela
vibração:
papel ordinário representando florestas com tigres,

uma ceia onde os persongens não comem nada,
a mesa com a toalha
furada
a folhinha da qual a dona da casa segue o conselho
e o
piano que eles não têm sala de visitas.

A menina olha longamente pro corpo dela

como se ele hoje estivesse diferente,
depois senta-se ao piano
comprado a prestações
e o cachorro malandro do vizinho
toma nota
dos sons com atenção.




A TENTAÇÃO 

Diante do crucifixo

Eu paro pálido tremendo
"Já que és o verdadeiro filho de Deus

Desprega a humanidade desta cruz".




O RATO E A
COMUNIDADE

1

O rato
apareceu
Num ângulo da sala.
Um homem e uma mulher
Apareceram
também,
Trocaram palavras comigo,
Fizeram diversos gestos
E
depois foram-se embora.

? Que sabe esse rato de mim.
E
esse homem e essa mulher
Sabem pouco mais que o rato.


2

Passam
meses e anos perto de nós,
Rodeiam-nos, sentam-se com a gente à
mesa,
Comentam a guerra, os telegramas,
Discutem planos políticos
e econômicos,
Promovem arbitrariamente a felicidade
coletiva.
Conhecem nosso paletó, camisa e gravata,
Nosso sorriso e
o gesto de mover o copo.
Têm medo de nos tocar, não conhecem nossas
lágrimas.
? Que sabem do nosso coração, do nosso desespero, da nossa

                                       
[comunicabilidade.
Que sabem do centro da nossa pessoa, de que são
participantes.
...Subúrbios longínquos, esses homens.


size=2>
3

Entretanto cada um deve beber
no coração do outro.
Todos somos amassados, triturados:
O outro
deve nos ajudar a reconstituir nossa forma.
O homem que não viu seu
amigo chorar
Ainda não chegou ao centro da experiência do
amor.
Para o amigo não existe nenhum sofrimento abstrato.
Todo o
sofrimento é pressentido, trocado, comunicado.
? Quem sabe conviver o
outro, quem sabe transferir o coração.
Ninguém mais sabe tocar na
chaga aberta:
Entretanto todos têm uma chaga aberta.


size=2>
4

Desconhecido que atravessas a
rua,
? Que há de comum entre mim e ti.
A mesma solidão e a mesma
roupa.
Procuras consolo, mas não podes parar.
És o servo da
máquina e do tempo.
Mal sabes teu nome, nem o que desejas neste
mundo.
Procuras a comunidade de uma pessoa,
Mas não a encontras na
massa-leviatã.
Procuras alguém que seja obscuro e mínimo,
Que
possa de novo te apresentar a ti mesmo.


5

A
mulher que escolhemos, a única e não outra
Dentre tantas que habitam
a terra triste,
Esta mesma, frágil e indefesa, bela ou feia,
Eis o
mundo que nos é de novo apresentado
Por intermédio de uma só
pessoa.
Esta é a que rompe as grades do nosso coração,
Esta é a
que possuímos mais pela ternura que pelo sexo.
E nada será restaurado
no seu genuíno sentido
Se a mulher não retornar ao seu
princípio:
É a máquina instalada dentro dela que deveremos
vencer,
Quando esta mulher se tornar de novo submissa e doce,
Os
homens pela mão da antiga mediadora
Abrirão outra vez um ao outro os
corações que sangram.




DATAS

Os magos janeiram dia
6
Os peixes abrilam dia 1
A Virgem setembra dia 8
Os mortos
novembram dia 2.




POEMA DA
TARDE


A tarde move-se entre os
galhos das minhas mãos.
Uma estrela aparece no fim do meu
sangue,
Minha nuca recebeu o hálito fino de uma rosa branca.
Todas
as formas servem-se mutuamente,
Umas em pé, outras se ajoelhando,
outras sentadas,
Regando o coração e a cabeça do
homem:

E dentre os primeiros véus surge Maria da
Saudade
Que, sem querer, canta.




POEMA
ESSENCIALISTA

A madrugada de amor do
primeiro homem
O retrato da minha mãe com um ano de idade
O filme
descritivo do meu nascimento
A tarde da morte da última mulher
O
desabamento das montanhas, o estancar dos rios
O descerrar das
cortinas da eternidade
O encontro com Eva penteando os cabelos
O
aperto de mão aos meus ascendentes
O fim da idéia de propriedade,
carne, tempo
E a permanência no absoluto e no imutável.




MUROS

1. O pintor de olho
vertical
   Olha fixamente para o muro
  
Descobre pouco a pouco
   Uma perna um braço um
tronco
   A cara de uma mulher
   Uma
floresta um peixe uma cidade
   Uma constelação um
navio

   Muro, nuvem do
pintor.

2. O muro é um álbum em

    Política poesia
    Desordem
sonhos projetos
    Anseios e
desabafos
    Um coração atravessado por uma
flecha
    "Gravo aqui neste
muro
    O amor de João Ventania por
Madalena"
    Datas de crimes, de encontros e de
idílios
    VIVA O
COMONISMO
          

3.  (escrito na parede de uma
igreja)

    Pedra
úmida
    Altar frio imagens
ignóbeis
    Flores de papel ímãs de
moscas
    Ó lugar triste e
árido
    O contrário do
arco-íris
    Baixará o Cristo
aqui?
    Ele baixou num
estábulo
    Baixou mesmo até em mim.




AS NÚPCIAS
FALHAS

Catarina comia bife a
cavalo, eu comia bife a pé. Catarina andava de bicicleta, eu andava a
pé. 
Catarina dispunha de um enorme armário onde
arrumava todos os seus pertences, eu dispunha 
de uma
cômoda anã. Catarina depilava a axila com uma lâmina gilete, eu fazia a
barba no salão 
Veneza. Catarina torcia pelo
Botafogo, eu não torcia por clube nenhum. Catarina era Tom Mix, 
eu era Greta Garbo. Catarina tinha um amigo
sobressalente, eu não tinha amiga sobressalente 

size=2>nenhuma. Catarina babava-se por doce de leite, eu, por compota de
caju. Catarina gostava de farda, eu gostava de
short. Catarina jogava tênis, eu jogava bilboquê. Catarina sonhava 
tecnicolor, eu sonhava em preto e branco.

.

Depois de onze meses de
agridoce convivência, persuadidos da diversidade de nossos gostos e 
temperamentos, ajudados por uma cartomante
resolvemos destruir o noivado. Consolei-me 
pensando
no caso de Kierkegaard que, embora por outros motivos, resolveu também
destruir o 
seu.




NOTURNO
RESUMIDO

A noite suspende na bruta
mão
que trabalhou no circo das idades anteriores
as casas que o
pessoal dorme comportadinho
atravessado na cama
comprada no turco
a prestações.

A lua e os manifestos de arte
moderna
brigam no poema em branco.

A vizinha sestrosa da janela em
frente
tem na vida um camarada
que se atirou dum quinto
andar.
Todos têm a vidinha deles.

As namoradas não namoram mais
porque
nós agora somos civilizados,
andamos no automóvel gostoso pensando nu
cubismo.

A noite é uma soma de sambas
que eu
ando ouvindo há muitos anos.

O tinteiro caindo me suja os dedos
e me
aborrece tanto:
não posso escrever a obra-prima
que todos esperam
do meu talento.
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04 DE AGOSTO DE 2005
The coolest guy...the coolest guy in the world
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03 DE AGOSTO DE 2005
Verdadekafka
"É difícil dizer a verdade, porque só há uma, mas que é viva e tem, por isso, um rosto que muda."
Franz Kafka
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Anna AkhmatovaNão me interessam as hostes das odes
Nem o encanto das fantasias elegíacas.
Quanto a mim, nos versos tudo deve ser a despropósito,
Não ao modo das outras pessoas.
Se soubéssemos de que porcarias
Crescem os versos sem terem vergonha,
Qual pampilho amarelo nas cercas,
Qual bardana ou celga-brava.
Grito irritado, cheiro do pez fresco,
Misterioso bolor na parede...
E já soa o verso, fogoso, terno,
Para vossa alegria, e minha.
Anna Akhmatova,. Poemas. Trradução de Joaquim Manuel Magalhães e Vadim Dmitriev.
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02 DE AGOSTO DE 2005
DANIEL FARIA IIDaniel Faria
Repito que vivo enclausurado na agilidade de um animal nascido
Correndo ao lado dele, correndo para ele – era assim
Que eu queria que fosse a linguagem veloz:
Uma casa para a infância com trepadeiras
Para que as palavras ficassem como frutos no alto.
Repito a corrida na memória quando estou parado
Penso velozmente que o amor, como Dante disse, é um estado
De locomoção. É um motor. E fico a trabalhar no mecanismo secreto
Do amor.
Sei que estou em viagem na palavra que se move.
Repito o trajecto para ver o poema de novo – era assim
Que eu queria que fosse a linguagem de uma coisa amada
Correndo ao meu lado, correndo para mim no mecanismo violento
Do amor. Era nele que eu queria a casa com trepadeiras
Onde as palavras ficassem silenciosas e altas como um pátio interior.

Faria, Daniel; in Homens que são como lugares mal situados
por.MegGuimarães | link permanente | comentários (0)
DANIEL FARIADaniel Faria
DO LIVRO SEGUNDO DA NOITE ESCURA, DE SÃO JOÃO DA CRUZ 2
A alma que Deus leva adiante é uma pulsação
Frágil. Uma sombra cá fora incandescente do cárcere
O discurso, mesmo o interior, é um mecanismo
Engolido pelo amoroso gole. Faltam
Os mensageiros duráveis – não é uma falha
Da noite intensamente tecida. Na malha negra vê-se
Como nos limites raia
A perfeição – uma agulha
Uma mancha fresca retesada entre a raiz absoluta e o mais alto
Apagamento. A porta
É um batente no princípio. Nem todos entram
Da mesma forma. Sim
Que sabemos das aparências?
Os Líquidos.
por.MegGuimarães | link permanente | comentários (0)
Ruy BeloRuy Belo
Antigamente escrevia poemas compridos
Hoje tenho quatro palavras para fazer um poema
São elas: desalento prostração desolação desânimo
E ainda me esquecia de uma: desistência
Ocorreu-me antes do fecho do poema
e em parte resume o que penso da vida
passado o dia oito de cada mês
Destas cinco palavras me rodeio
e delas vem a música precisa
para continuar. Recapitulo:
desistência desalento prostração desolação desânimo
antigamente quando os deuses eram grandes
eu sempre dispunha de muitos versos
Hoje só tenho cinco palavras cinco pedrinhas

"Cinco Palavras Cinco Pedras", Palavra[s] de Lugar, in Homem de Palavra[s]
por.MegGuimarães | link permanente | comentários (0)
Adelia PradoA Serenata
Uma noite de lua pálida e gerânios
ele viria com boca e mãos incríveis
tocar flauta no jardim.
Estou no começo do meu desespero
e só vejo dois caminhos:
ou viro doida ou santa.
Eu que rejeito e exprobo
o que não for natal como sangue e veias
descubro que estou chorando todo dia,
os cabelos entristecidos,
a pele assaltada de indecisão.
Quando ele vier, porque é certo que vem,
de que modo vou chegar ao balcão sem juventude?
A lua, os gerânios e ele serão os mesmos
- só a mulher entre as coisas envelhece.
De que modo vou abrir a janela, se não for doida?
Como a fecharei, se não for santa?

Adélia Prado
por.MegGuimarães | link permanente | comentários (0)
Sub Rosa doesn't lives her anymore
Queridos, queridos...

Para quem ainda não sabe:

O sub rosa agora está em:
http://www.flabbergasted.blogspot.com


Atualizem seus Bookmarks, sim?
Não posso passar sem vossa leitura.

Viu , Luis Carmelo?
Viu, Aviz?
E muito menos da sua, gentil leitor/leitora ( e também os que não são gentis, por quê não? hohoho)

Já pra lá;-))) e me faça sorrir:-)))


por.MegGuimarães | link permanente | comentários (0)
Paisagem pelo telefone

PAISAGEM PELO TELEFONE
Sempre que no telefone
me falavas, eu diria
que falavas de uma sala
toda de luz invadida,
sala que pelas janelas,
duzentas, se oferecia
a alguma manhã de praia,
mais manhã porque marinha,
a alguma manhã de praia
no prumo do meio-dia,
meio-dia mineral
de uma praia nordestina,
Nordeste de Pernambuco,
onde as manhãs são mais limpas,
Pernambuco do Recife,
de Piedade, de Olinda,
sempre povoado de velas,
brancas, ao sol estendidas,
de jangada, que são velas
mais brancas porque salinas,
que, como muros caiados
possuem luz intestina,
pois não é o sol quem as veste
e tampouco as ilumina,
mais bem, somente as desveste
de toda sombra ou neblina,
deixando que livres brilhem
os cristais que dentro tinham.
Pois, assim, no telefone
tua voz me parecia
como se de tal manhã
estivesses envolvida,
fresca e clara, como se
telefonasses despida,
ou, se vestida, somente
de roupa de banho, mínima,
e que por mínima, pouco
de tua luz própria tira,
e até mais, quando falavas
no telefone, eu diria
que estavas de todo nua,
só de teu banho vestida,
que é quando tu estás mais clara
pois a água nada embacia,
sim, como o sol sobre a cal
seis estrofes acima,
a água clara não te acende:
libera a luz que já tinhas.
(João Cabral de Mello Neto)
por.MegGuimarães | link permanente | comentários (0)
30 DE JULHO DE 2005

A cólera divina - Adélia Prado

Quando fui ferida,

por Deus, pelo diabo, ou por mim mesma,

– ainda não sei –

percebi que não morrera, após três dias,

ao rever pardais

e moitinhas de trevo.

Quando era jovem,

só estes passarinhos,

estas folhinhas bastavam

para eu cantar louvores,

dedicar óperas ao Rei.

Mas um cachorro batido

demora um pouco pra latir,

a festejar seu dono

– ele, um bicho que não é gente –

tanto mais eu que posso perguntar:

por que razão me bates?

Por isso, apesar dos pardais e das reviçosas folhinhas

uma tênue sombra ainda cobre meu espírito.

Quem me feriu perdoe-me.


Adélia Prado, "A cólera divina"




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29 DE JULHO DE 2005
bwc-A283_1957_Maxims_Paris_fil_bonjour.jpg
O SubRosa mudou-se para http://flabbergasted.blogspot.com
por.MegGuimarães | link permanente | comentários (0)
28 DE JULHO DE 2005
Maria_Schell2.jpg
por.MegGuimarães | link permanente | comentários (0)
LoreleiBack in the days of knights in armor
There once lived a lovely charmer
Swimming in the Rhine
Her figure was divine
She had a yen for all the sailors
Fishermen and gobs and whalers
She had a most immoral eye
They called her Lorelei
Album Title: George and Ira Gershwin Songbook, disc 12
Prime Artist: Ella Fitzgerald
Arranger: Nelson Riddle
Lyrics by: Ira Gershwin (b. Israel Gershvin)
Music by: George Gershwin (b. Jacob Gershvin)
Producer: Norman Granz
Orchestra: Nelson Riddle
From the Show: Pardon My English 1932 (S)

She created quite a stir
And I want to be like her
I want to be like that gal on the river
Who sang her song to the ships passing by
She had the goods and how she could deliver
The Lorelei
She used to love in a strange kind of fashion
With lots of hey-ho-de-ho-hi-de-hi
And I can guarantee I'm full of passion
Like the Lorelei
I'm treacherous, yeah-yeah
Oh, I just can't hold myself in check
I'm lecherous, yeah-yeah
I want to bite my initials on a sailor's neck
Each affair has a kick and a wallop
For what they crave, I can always supply
I want to be just like that other trollop
The Lorelei
I want to be just like that other trollop
The Lorelei
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cortomaltesecorto_maltese.jpg
por.MegGuimarães | link permanente | comentários (34)
AO SOM DE MODEST MOUSEdoisdoces: A linda Cath Linton e seu lindo amarido
É minha homenagem ao Dia dos Namorados (ai, meu Jesus, tomara que não venha alguém dizendo, por que dia dos Namorados? todo dia é dia dos Namorados, porque dia disso e dia daquilo, se todo dia...?, antes que eu me esqueça, vão ler Walter Benjamin, ou Platão) bem, mas como eu ia dizendo antes de ser violentamente interrompida por minhas lembranças blogais- acho que a celebração aqui diz respeito a Amor, do jeito como dizem os Dantes;-)
Eu queria escrever um poema (eu e essa minha mania de Poesia como salvação), mas por acaso a minha linda, lindíssima e muito querida Amiga - que redime toda a significação de Amizade - ao lado de seu marido não é pura Poesia?
E o texto de DANTE GABRIEL R. - também meu melhor Amigo - quem não sabia, saiba agora, não é pura Poesia, ó Meg Maria?
Fica então, para sempre, ever and forever - for good - o registro do casal de enamorados, o mais lindo da face da Terra, representando todos os demais a quem eu desejo, de coração que sejam felizes, o máximo que se pode ser e mais a little bit.
E, em benefício da verdade, Cath Linton é mesmo linda, o marido então uh la la;-) mas ela é a menina especial, e não falo só da profissional extremamente bem-sucedida, da cientista brilhante e, como disse certa vez alguém que realmente sabe do que está falando ela tem a qualidade de gênio (**), mas também a Amiga sempre presente há mais de três anos, e é uma das pessoas mais íntimas que tenho, e quantas vezes me ajudou a atravessar vales sombrios.
P.S. E Alex, my brave tiger também, of course, né?;-)
Então amem., amem, amem. Quem ama, acredito, tem menos tempo de fazer mal. Tem menos tempo pra cultivar hard feelings. Leiam o texto do Dante. Amém
---
A trilha musical, ao gosto da homenageada pode ser ouvida aqui, acho:
modestmouse.png
---
(**) Uhuuu, Não é por estar na minha presença, mas eu só tenho amigo ph***;-), néLaurinha?
E a maior parte deles nasceu no mês de junho , não é Laurinha?
E como eu lamento que a palavra gênio esteja tão inflacionada, tão desgastada e 'exaurida' de seu real sentido.
Agora me imaginem, eu com as mãos próximo a minha linda cabecinha. Mãos espalamadas. Polegares tocando a fronte;-))) E balançando as mãos UUUh!!! Boo! Hahaha.
====
ATENÇÃO: O SUB ROSA está provisoriamente, neste endereço:
http:www.flabbergasted2.blogspot.com
>
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27 DE JULHO DE 2005

ALGUNS TEXTOS

Alguns Textos
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22 DE JULHO DE 2005
Plato"Há três espécies de homens: os vivos, os mortos e os que andam no mar."
Platão (427 - 347 AC)
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14 DE JULHO DE 2005
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13 DE JULHO DE 2005
Si tu t'imagines
Si tu t'imagines
Si tu t'imagines
Si tu t'imagines fillette fillette
Si tu t'imagines
Qu' ça va qu' ça va qu' ça
Va durer toujours
La saison des a
La saison des a
Saison des amours
Ce que tu te gourres fillette fillette
Ce que tu te gourres.
Si tu crois petite
Si tu crois hum hum
Que ton teint de rose
Ta taille de guêpe
Tes mignons biceps
Tes ongles d'émail
Ta cuisse de nymphe
Et ton pied léger
Si tu crois qu' ça va
Qu' ça va qu' ça va qu' ça
Va durer toujours
Ce que tu te goures fillette fillette
Ce que tu te gourres.
Les beaux jours s'en vont
Les beaux jours de fête
Soleils et planètes
Tournent tous en rond
Mais toi ma petite
Tu marches tout droit
Vers c' que tu n' vois pas
Très sournois s'approchent la ride véloce
La pesante graisse
Le menton triplé
Le muscle avachi.
Allons cueille cueille les roses, les roses
Roses de la vie (bis)
Et que leurs pétales
Soient la mer étale
De tous les bonheurs (bis)
Allons cueille cueille
Si tu le fais pas
Ce que tu te gourres fillette fillette
Ce que tu te goures...

Poème : Raymond Queneau
Musique : Joseph Kosma
1947
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07 DE JULHO DE 2005
Quotation

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O sub Rosa mudou para : Flabbergasted 
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